The Duff é um filme americano lançado em 2015 baseado no romance (de mesmo nome) de Kody Keplinger. Conta com a participação de estrelas de cinema Mae Whitman, Robbie Amell e Bella Thorne, por exemplo. Por ser um filme de adolescente, a primeira coisa que você pode pensar é naqueles filmes fúteis e clichês, com líderes de torcida e astros do futebol, mostrando a busca ardente por popularidade feita pela maioria dos jovens. Então... Duff não é bem assim.
O filme veio para quebrar os padrões. Bianca (personagem principal, interpretada por Mae Whitman) é uma aluna do ensino médio. Ela é baixinha, não tem corpo de modelo e veste casacos largos, além de ser super irônica e engraçada. Está sempre acompanhada de duas melhores amigas (Jess e Casey, que por sinal eram bem atraentes e populares), tem sempre as melhores notas e mal pode esperar para o último ano de escola acabar, junto com todas as disputas por popularidade e pelos meninos. Bianca sabe que ela está longe de ser a menina mais popular da escola, ou a mais bonita. Até então, nunca tinha se importado com o que as pessoas achavam ou deixavam de achar dela. Bom, pelo menos até então.
Em uma festa, seu vizinho/colega de escola Wesley Rush, que ela considera o cara mais nojento e mulherengo, a chama de Duff (Designated Ugly Fat Friend, que no filme é traduzido como Desengonçada, Útil, Feia e Fofa). Como uma Duff, ela só era chamada para conversar ou para qualquer coisa por ser a forma mais fácil de conseguir favores e abordar as suas amigas, que eram lindas. Bianca fica arrasada, mas ela logo admite que Wes está certo. De impulso, ela descarrega sua raiva para fora em Jess e Casey, retirando-as das redes sociais e passando a andar sozinha.
E é aí que o filme fica interessante: Bianca decide virar esse jogo e pede a ajuda de Wesley para ser finalmente o alvo de interesse e não a amiga feia. Como ele precisa passar em Biologia, ele aceita ajudá-la e eles fazem um acordo. Bianca compra roupas novas e aprende a se comportar da maneira que “as meninas atraentes” agem, tudo com a ajuda de Wesley. Você pode estar pensando “Tá, então é mais um filmezinho em que a garota quer ser popular”. Calma.
Depois de uma série de cenas engraçadas, de cyberbullying e de desilusões amorosas, Bianca finalmente toma uma decisão. Irritada com tudo que estava passando, ela se reúne com suas amigas, que sempre foram verdadeiras amigas para ela e que, juntamente com sua mãe compreendedora, a convencem a ir ao baile com elas. Chegando lá, agora confiante de si mesma, Bianca diz à uma garota (que sempre praticou bullying com ela) que todos nós somos Duffs e que devem ser fiéis às nossas próprias identidades.
Como deu para perceber, esse filme é perfeito para discutir a influência que a mídia tem sobre a vida das pessoas, principalmente dos jovens. São tantos disparos de informações sobre o jovem que ele acaba querendo seguir tanto as tendências e se esquece da sua essência, de sua real personalidade.
Ensino Médio, como quase toda pessoa sabe, é uma época difícil. Você precisa decidir o que quer fazer na sua “vida adulta”, mas quer curtir antes que ela chegue. É também uma época em que, normalmente, há uma busca incessante para conseguir se encaixar nos padrões que os meios de comunicação impõem, seja no peso, nas roupas ou ate mesmo nas atitudes.
O filme tenta exatamente “tirar as vendas” desse público, mostrando que não há nada de errado na sua personalidade. São tantos disparos de informações sobre o jovem que ele acaba querendo seguir tanto as tendências e se esquece da sua essência, do que realmente é.
Assim, o filme procura romper com todos esses “rótulos” e mostrar que:
A mídia cria esteriótipos e preconceitos para padronizar as pessoas. Isso é tão sério que são muitos os jovens que entram sofrem bullying, entram em depressão e até se suicidam por não se acharem “adequados” aos padrões impostos.
Com a humanização dos atletas, a valorização de uma estética alternativa aos padrões massivos da mídia e a possibilidade de navegar entre “rótulos” distintos nas escolas, esses “padrões” são evidenciados e até parodiados.Assim, o filme procura romper com todos esses “rótulos” e mostrar que:
Feito por: Letícia Rocha
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