sexta-feira, 1 de julho de 2016

O "corpo ideal" ao longo da História



 

Esta ideia de "corpo ideal" da mulher foi sofrendo várias alterações ao longo dos anos. Se dermos uma olhada na História, veremos que nem sempre este "corpo perfeito" que vemos na TV era o que as mulheres idealizavam.





Podemos observar desde a Pré-História, a Mulher de Willendorf (ou Vênus), que uma estátua esculpida há mais de 22 mil anos retrata uma idealização do corpo da mulher totalmente diferente da de hoje: seios, barriga e vulva são extremamente volumosos e representariam a maternidade, considerado o maior atributo da mulher. O corpo da "mulher mãe" era o valorizado na época.














Nas representações artísticas da Antiguidade, as mulheres eram retratadas com e seios grandes e quadril largo, que eram o símbolo da fertilidade. Vênus de Milo (Afrodite) era a deusa que refletia o padrão feminino da época. Nesse período clássico, a arte deveria representar a perfeição da natureza.












O Renascimento trouxe a mulher representada na pintura, onde os cabelos alvos, a pele clara, pescoço longo e ombros e peitos fortes eram os modelos de beleza no Maneirismo, escola de pintura que exagerava nas formas da época.











No século XIX as curvas ainda predominavam como padrão de beleza da mulher. O espartilho, uma peça fundamental na criação desse novo modelo, dava a forma de ampulheta ao corpo da mulher, com a cintura bem fininha em contraste com os braços carnudos e pernas fortes. Apesar do vestuário da época impedir que o corpo aparecesse muito, ele sugeria uma redução no volume, contrário ao estilo renascentista.





A moda das "cheinhas" só perdeu força quando um sério problema econômico que apareceu: a escassez de alimentos na Europa. Regimes, cirurgias plásticas e ginástica passaram a modelar o corpo feminino de forma quase obrigatória. As gordinhas, antes admiradas, passaram a ser vistas de outra forma, com exclusão.








A partir dos anos 60 o corpo da mulher começou a ser mais erotizado, mais curvilíneo e à mostra. Atrizes como Brigitte Bardot e Marilyn Monroe são ícones da década.



















Já nos anos 70, foi marcado pela antecipação de uma tendência que viria forte nas próximas décadas: a magreza. A modelo Twiggy, foi um grande ícone de beleza e elegância, ostentando pernas finíssimas e até uma certa fragilidade.



















Os anos 90 foi contornado pelo padrão idealizado da mulher alfa - uma mulher atlética, destemida e inteligente. O modelo pode ser evidenciado na personagem Lara Croft, de Tomb Raider, interpretada no cinema pela atriz Angelina Jolie, personagem que ganha curvas e ares de mulher que luta por causas nobres.










Os anos 2000 marca até hoje a busca por um corpo mais sarado. Um modelo disso é a cantora Madonna,  em seus clipes musicais um corpo magro e atlético, musculoso e bem definido, mesmo tendo mais de cinqüenta anos de idade. A cantora exibe um corpo que é o seu próprio veículo para afirmar suas ideias - um culto ao hedonismo e à afirmação feminina - uma ideia de que o corpo conduz ao prazer, e consequentemente, ao poder.








Como se pode ver, a ideia de corpo ideal foi mudando ao longo do tempo. O que não falta é influência, seja por pinturas, esculturas, TV ou internet, sobre que "corpo padrão" a mulher deve seguir. A indústria cultural sempre vai querer padronizar, isso é fato. Tentar fazer com que um modelo seja seguido por todos e assim fica mais fácil a manipulação. A questão é: você vai se deixar levar? Vai mesmo deixar de valorizar seu corpo como é, para poder ser igual a todo mundo? Por favor, não faça isso. Tanto o seu corpo quanto o seu modo de vestir, pensar e agir são SEUS. Ame-os, valorize-os. Não coloque-os nas mãos da mídia.









Fonte:
http://www.vilamulher.com.br/beleza/corpo/o-corpo-da-mulher-ao-longo-dos-seculos-2-1-13-904.html


Feito por: Letícia Rocha

Nenhum comentário:

Postar um comentário